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O melhor XI da Ligue 1

  • Pedro Espadinha
  • 21 de jun. de 2017
  • 5 min de leitura

Em território gaulês foi quebrada a hegemonia do Paris Saint-Germain. O Mónaco de Leonardo Jardim sagrou-se campeão em França, com 95 pontos conquistados e com uns notáveis 107 golos marcados durante a temporada (o segundo melhor registo entre as principais ligas europeias, apenas atrás do Barcelona). Um feito notável para o português de 42 anos, tendo ainda em conta que o ano passado tinha perdido o segundo lugar e o consequente acesso à Champions League na reta final para o Lyon.

O PSG, apesar do plantel claramente superior, revelou-se demasiado inconsistente e fechou a época a oito pontos dos monegascos. Quando se esperava um novo passeio por parte da equipa de Unai Emery – o ano passado os parisienses acabaram com mais 31 pontos que o segundo e terceiro classificado – a verdade é que o Mónaco aproveitou os deslizes do clube da capital e realizou um feito tremendo.

O Nice, uma das equipas em destaque nesta edição do campeonato francês, conquistou um terceiro lugar e garantiu o acesso à terceira pré-eliminatória da liga milionária. O conjunto liderado pelo suíço Lucien Favre, à semelhança da filosofia do seu treinador, apresentou um futebol positivo, dinâmico e ofensivo, ao passo que o Lyon terminou na quarta posição, a onze pontos dos Les Aiglons (as águias), e realizaram uma campanha menos consistente com Bruno Génésio ao leme.

O Nantes foi igualmente uma das surpresas da Ligue 1. Sérgio Conceição, que assumiu o comando técnico dos Canaris (canários) no inicio de dezembro, após o despedimento de René Girard, levou a equipa, que se encontrava em décimo nono, até a um fantástico sétimo lugar. O feito do português não passou despercebido, tendo-lhe valido, mediante alguma polémica, a transferência para o Futebol Clube do Porto. Já o histórico Saint-Étienne, o clube mais bem-sucedido na história do futebol francês, somou 50 pontos, o que lhe valeu a oitava posição, enquanto que o Montpellier, que conquistou o seu primeiro e único titulo de campeão em 2011/12, voltou a realizar uma época pobre com um décimo quinto lugar.

Lorient (que caiu no play-off de despromoção frente ao Troyes), Nancy e Bastia desceram para a segunda divisão, tendo o Dijon e o Caen conseguido salvar-se, com apenas um ponto acima da linha de água.

No que toca aos destaques individuais, aqui fica o onze ideal da Ligue 1 16/17, desta temporada:

GR: Danijel Subašić (AS Mónaco) – apenas um dos vários destaques da equipa comandada por Leonardo Jardim. O internacional croata, que se mudou para o clube do principado em 2012, fez parte da segunda equipa com menos golos sofridos (31) e teve um papel influente na campanha vitoriosa dos monegascos.

DE: Benjamin Mendy (AS Mónaco) – o lateral francês trocou o Marselha pelo Mónaco o verão passado e foi um dos elementos mais importantes para Jardim. Alto, forte fisicamente e com uma propensão ofensiva assinalável, o lateral de 22 anos somou cinco assistências para golo e despertou a cobiça de vários clubes de maior dimensão, tendo sido recentemente associado aos dois clubes de Manchester.

DC: Thiago Silva (PSG) – líder da defesa menos batida do campeonato, o internacional brasileiro de 32 anos ainda é um dos melhores defesas a jogar em solo europeu e uma das grandes figuras da equipa da capital. Normalmente formando parelha com o compatriota Marquinhos, o central canarinho fez três golos esta temporada e continua a ser uma referência no centro da defesa parisiense.

DC: Kamil Glik (AS Mónaco) – o internacional polaco chegou o verão passado, proveniente dos italianos do Torino, e impôs-se no eixo da defesa monegasca. Apesar de ser algo lento e ‘duro de rins’, o central de 29 anos revela uma leitura de jogo notável e uma capacidade no jogo aéreo ainda mais impressionante, tendo feito seis golos esta época.

DD: Djibril Sidibé (AS Mónaco) – à semelhança de Mendy, Sidibé chegou há um ano ao clube monegasco, mas oriundo do Lille. Apesar de poder jogar em ambas as faixas com igual destreza, foi no lado direito onde participou mais esta temporada, destacando-se principalmente no aspeto ofensivo. O francês, para além de ser rápido e de conseguir dar muita profundidade no flanco onde joga, fez dois golos e seis assistências esta temporada. De destacar ainda o português Ricardo Pereira, emprestado pelo FC Porto ao Nice, que rubricou uma boa época, quer como lateral quer a jogar mais adiantado no terreno.

MC: Jean Michaël Seri (OGC Nice) – oficialmente reconhecido pela RFI (Radio France Internationale) e pela France 24 como o melhor jogador africano na Ligue 1 esta temporada, o ex-Paços de Ferreira (e que contou com uma passagem fugaz pela equipa secundária do FC Porto) foi um dos elementos em destaque na equipa da Côte d'Azur. Apesar da sua estatura (1.68m), o costa-marfinense de 25 anos é um médio muito completo, intenso e capaz de desempenhar várias funções no meio-campo, tendo contabilizado sete golos e nove assistências para o campeonato. Uma palavra ainda para o brasileiro Fabinho, que com Leonardo Jardim deixou de ser um lateral para jogar num meio-campo a dois, ao lado de Tiemoué Bakayoko, e realizou igualmente uma época positiva.

MC: Marco Verratti (PSG) – atualmente, o mágico italiano entra facilmente num top 10 de melhores médios do mundo. Dono de uma técnica absolutamente formidável e de uma visão de jogo soberba, o centrocampista de 24 anos tem vindo a confirmar todo o seu potencial, incutido desde os tempos ao serviço do Pescara, e rubricou novamente uma excelente temporada no miolo da equipa de Unai Emery. Não é um médio possante nem particularmente veloz, mas compensa as lacunas a nivel físico com uma habilidade de classe mundial. Recentemente associado a uma saída para o Barcelona, o médio italiano fez três golos e cinco assistências este ano.

EE: Thomas Lemar (AS Mónaco) – mais um elemento do Mónaco a figurar neste onze, o francês de 21 anos, contratado ao Caen em 2015, fez nove golos e onze assistências e exibiu-se a um grande nivel ao serviço de Leonardo Jardim. A jogar sobre a faixa esquerda, as exibições do jovem, que se destaca pela sua velocidade, drible e qualidade no último passe, valeram-lhe a estreia pela Seleção A de França em novembro.

ED: Bernardo Silva (AS Mónaco) – de novo um jovem português a dar cartas no estrangeiro. Provavelmente um dos nomes formados no SL Benfica mais sonantes de momento, o já internacional A por Portugal realizou uma temporada magnifica, coroada com oito golos e onze assistências. O médio de 22 anos, que saltou praticamente da equipa B dos encarnados para o principado, há dois anos, espalhou magia em solo francês e demonstrou toda a sua técnica e genialidade que lhe valeram a transferência para o Manchester City de Pep Guardiola.

PL: Kylian Mbappé (AS Mónaco) – que dizer de um miúdo que com apenas 16 anos se estreia na equipa principal do Mónaco (o mais novo de sempre na história do clube, superando Thierry Henry) e que com 17 marca o seu primeiro golo (também o mais novo a fazê-lo) e faz o seu primeiro hat-trick. Que com 18 anos se torna no quinto melhor marcador da Ligue 1, com 15 golos, se torna parte integrante da equipa com mais golos marcados no campeonato e se sagra campeão. E que para além disto se estreia na equipa principal de França, como o segundo jogador mais novo de sempre. Frequentemente comparado com o icónico Thierry Henry, devido ao seu estilo de jogo, o jovem francês ganhou uma notoriedade tal que são já muitos os clubes interessados e que, de acordo com a imprensa, estarão dispostos a cometer uma loucura por aquele que é um dos jogadores mais promissores da atualidade.

PL: Edinson Cavani (PSG) – apesar da excelente temporada de Lacazette ao serviço do Lyon, o reconhecimento tem que ir para o melhor marcador do campeonato. O internacional uruguaio assumiu um papel principal na equipa parisiense – papel esse que cabia ao sueco Zlatan Ibrahimović – e fez 35 golos esta época. Tal marca valeu-lhe o prémio de melhor jogador da Ligue 1, que com 30 anos é uma das figuras centrais, quer do PSG, quer da Seleção Uruguaia.

Edição: Catarina Custódio

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