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Série da Semana #5

  • Catarina Custódio
  • 13 de jun. de 2017
  • 3 min de leitura

ShadowHunters pode ser considerada, por alguns, uma série infanto-juvenil. E talvez seja efetivamente uma série fantástica criada para “pitas”, como se costuma dizer, mas merece todo o mérito por ter vindo a dar continuidade a personagens que se acreditava terem um futuro perdido nas televisões.

A saga dos ‘Caçadores de Sombras’ começou em 2007 com o lançamento do livro The Mortal Instruments - City Of Bones (Os Instrumentos Mortais - Cidade dos Ossos) escrito por Cassandra Clare. Tornar-se num Best Seller foi quase instantâneo. Talvez porque foi a altura em que todas a jovens tinham um amor a vampiros, a lobisomens ou até mesmo ao “mundo fantástico” em que todos existiam, ou talvez porque fosse um livro muito bom que cativou ao consumo em massa de mais uma história de amor quase proibido. Deixo essas conclusões para os sociólogos.

Realidade é que, até 2016, a autora norte-americana já tinha vendido 37 milhões de livros no mundo inteiro, todos relacionados a esta saga que, em papel, é composta por seis livros (A Cidade das Cinzas, a Cidade de Vidro, A Cidade dos Anjos Caídos, a Cidade das Almas Perdidas e, por último, A Cidade do Fogo Celestial).

Mas a série não foi a primeira tentativa de trazer o amor de Clary e Jace para a televisão. Em 2013 saiu um filme, com o mesmo nome do primeiro livro que não foi, de todo, um sucesso nas bilheteiras. Honestamente, não percebi porquê, mas também não li os livros, portanto acredito que deva existir um fantástico motivo para que não existisse uma continuidade, como inicialmente pensado.

É em 2016 que o famoso canal americano ABC Family, atualmente Freeform, decide lançar a primeira temporada da série inspirada nos livros de Cassandra Clare, deixando de lado o nome original do primeiro livro, já facilmente associado ao filme estrelado por Lily Collins e chamando-lhe “ShadowHunters”. Se fiquei curiosa quando soube? Fiquei. Isto porque me apetecia saber mais da história sem ter de ler os livros e o segundo filme nunca se concretizou.

Pois bem, estamos em 2017 e a Freeform já está a exibir a segunda temporada, portanto o que quer que seja que tenham feito, fizeram-no bem, porque desta vez parece mesmo ter funcionado.

ShadowHunters conta, portanto, a história de Clary Fairchild, uma jovem que, no dia do seu 18º aniversário, conhece Jace. Jace, por sua vez, é um caçador de sombras que se encontra acompanhado dos seus irmãos de criação, Izzy e Alec, e que pretende evitar nutrir qualquer tipo de sentimentos pela jovem recém-chegada ao mundo das sombras. Como é que se conhecem? Boa pergunta. Vejam a série que esse é o principal gatilho para assistir aos episódios todos.

Agora podem perguntar-se perfeitamente “Porque raio é esta a série da semana?”. Legitimo. Para mim, ShadowHunters é a série da semana – e é uma série espetacular – porque nos faz regressar a 2007 e sentir o frio na barriga com o galã televisivo do momento. É uma série simples, talvez uma série para passar o tempo ou até mesmo só para discutir abdominais com as amigas, mas ainda assim faz-nos questionar sobre quem realmente somos e se somos o que efetivamente gostaríamos de ser.

Falamos da história de uma jovem cuja vida muda completamente do dia para a noite e que se vê obrigada a aceitar todas as novas circunstâncias da melhor maneira possível. Falamos da história de Clary Fairchild, uma jovem como tantas outras obrigada a aceitar uma realidade pela qual não pediu. A forma como esta realidade é aceite e como ela dá o melhor de si para que tudo corra bem é uma excelente mensagem a ser passada (tanto às “pitas” como a muitas mulheres adultas que choram porque a chávena de café queimou o dedinho).

Não se iludam pensando que pode ser uma maravilhosa série, cheia de efeitos especiais. Numa fase inicial garanto-vos que não é. Em primeira instância está tudo na química entre personagens e nos diálogos, que, acrescento, adaptam-se muito bem ao que conheço da história original.

Os atores que dão vida à história adaptam-se bem, ainda que, sinceramente, não seja grande admiradora do trabalho da Katherine McNamara (Clary Fairchild). Ressalvo na mesma o excelente trabalho de Dominic Sherwood (Jace Wayland), Matthew Daddario (Alec Lightwood), Emeraude Toubia (Isabelle Lightwood) e, essencialmente, Harry Shum Jr. (Magnus Bane), também por trabalhar em High School Musical (mais um filme que fez muitas miúdas felizes, eu sei).

No IMBD, a série está cotada com 6.4, o que obviamente não inspira a ver, mas ainda assim, dêem-lhe uma oportunidade, pode ser que se deixem cativar.

Assistam ao trailer oficial da primeira temporada enquanto a série não é emitida em Portugal:

Edição: Pedro Espadinha

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© 2017 por Catarina Custódio. Logótipo de Carlos Ratinho. 

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