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O melhor XI da Premier League

  • Pedro Espadinha
  • 12 de jun. de 2017
  • 5 min de leitura

Em terras de sua majestade, o Chelsea conquistou o sexto titulo de campeão inglês na sua história. Com Antonio Conte no comando, os blues, que adotaram um 3-4-3 no principio de outubro, não deram hipóteses aos principais opositores e terminaram o campeonato com uma diferença de sete pontos para o segundo classificado, o Tottenham de Mauricio Pochettino.


A equipa do norte de Londres terminou a Premier League com o maior número de golos marcados e o menor número de golos sofridos, ao passo que, na estreia de Guardiola em solo britânico, o Manchester City terminou a prova em terceiro, com 78 pontos. Liverpool, Arsenal e Manchester United fecham o top 6, sendo que apenas os gunners irão disputar a Liga Europa (Mourinho garantiu a presença na Liga dos Campeões fruto da conquista da Liga Europa em Estocolmo, frente ao Ajax).


O campeão da época passada, o Leicester City, desiludiu, com um décimo segundo lugar, resultado de um baixo rendimento daqueles que tinham sido os principais protagonistas pela conquista do troféu (nomeadamente Jamie Vardy e Riyad Mahrez) e que conduziu ao consequente despedimento de Claudio Ranieri, substituído pelo interino, e agora efetivo, Craig Shakespeare. Já o Hull City, que foi assumido por Marco Silva na reta final do campeonato - mas que apesar dos esforços não conseguiu a manutenção - o Middlesbrough e o Sunderland desceram e vão disputar o Championship na próxima edição.


No que toca aos destaques individuais, aqui fica o onze ideal da Premier League 16/17, desta temporada:

GR: Tom Heaton (Burnley) – o internacional inglês de 31 anos foi a grande figura do Burnley e um dos melhores guarda-redes desta edição da liga inglesa. Apresentando o melhor rácio de defesas por jogo, o guardião formado no Manchester United, foi talvez a principal razão pela qual o Burnley se manterá no primeiro escalão na próxima época e não seria surpresa nenhuma se desse o salto para uma equipa de maior dimensão neste verão. De destacar também o jovem britânico Jordan Pickford, guardião do Sunderland que, apesar da sua equipa ter descido, demonstrou muita qualidade, o que lhe valeu a convocatória para o Campeonato Europeu de Sub-21, a ter inicio no dia 16 deste mês.


DE: Marcos Alonso (Chelsea) – uma das maiores surpresas da temporada, o lateral formado no Real Madrid chegou a Stamford Bridge no verão passado, após passagens por Sunderland e Fiorentina e tornou-se peça fulcral no novo esquema de Conte. Dono da ala esquerda, o espanhol de 26 anos, apesar de não ser particularmente veloz, destacou-se pelo seu ‘pulmão’, pela profundidade que oferece no flanco e disponibilidade física, para além do seu excelente cruzamento e destreza nas bolas paradas, tendo marcado seis golos e somado três assistências.


DC: César Azpilicueta (Chelsea) – jogou como lateral direito no Marselha e na sua primeira época no Chelsea, com Di Matteo. Com Mourinho, passou para a esquerda e, mesmo com a concorrência de Filipe Luís, terminou a temporada como titular absoluto. Este ano, com Conte, assumiu um papel mais central, numa formação com três defesas e foi uma das peças fundamentais para o sucesso do clube londrino. O espanhol de 27 anos, jogou em todas as partidas do campeonato (o que reflete bem a sua importância na equipa) e, juntamente com David Luiz e Gary Cahill, formou uma muralha defensiva que permitiu aos blues chegarem ao titulo.


DC: Toby Alderweireld (Tottenham) – talvez o melhor central da Premier League neste momento, o belga de 28 anos formou com o compatriota Jan Vertonghen a dupla menos batida da liga. Para além da notável leitura de jogo e posicionamento defensivo, o internacional belga destaca-se também pela sua habilidade com bola, tendo uma capacidade para sair a jogar e uma qualidade de passe muito acima da média para um defesa central. O seu jogo aéreo é também temível, apesar desta temporada apenas ter conseguido balançar as redes por uma vez.


DD: Kyle Walker (Tottenham) – uma excelente temporada do internacional inglês, tendo feito parte da defesa com menos golos concedidos este ano. Uma autêntica locomotiva no flanco direito dos spurs, o lateral de 27 anos contabilizou seis assistências, dando sempre grande profundidade no seu corredor e chegando ao último terço do terreno com facilidade para apoiar o ataque. Destaque também para o equatoriano Antonio Valencia, que com Mourinho jogou como lateral e foi quase sempre titular, evidenciando-se principalmente pela sua disponibilidade física no corredor direito do Manchester United.


MC: N’Golo Kanté (Chelsea) – eleito o melhor jogador do campeonato, ficou provado que quem tem o francês na equipa arrisca-se a conquistar o título. O Leicester City que o diga. Bicampeão por dois clubes diferentes, o internacional pela seleção gaulesa é o verdadeiro motor da equipa. Jogando num meio-campo a dois, normalmente ao lado do sérvio Nemanja Matić ou do espanhol Cesc Fàbregas, o francês destaca-se pela sua capacidade impressionante de recuperação e sentido tático. Sempre no sitio certo para roubar a bola ao adversário e iniciar o contra-ataque, Kanté enche o campo e com ele parece que a equipa joga com mais um jogador.


MCO: Dele Alli (Tottenham) – uma das grandes promessas da seleção dos ‘Três Leões’ é cada vez mais uma certeza. Eleito o melhor jogador jovem desta temporada, o médio ofensivo de 21 anos obteve um registo impressionante de 18 golos e 9 assistências (números obtidos apenas no campeonato) e foi uma das grandes figuras da equipa do norte de Londres. Após ter regressado a White Hart Lane em 2015, depois de uma passagem por empréstimo no MK Dons, o jovem britânico impôs-se na equipa de Pochettino e brilhou, tendo assumido em 2016/17 um papel de ainda maior destaque.


EE: Eden Hazard (Chelsea) – Se Kanté é o motor, Hazard é o criativo. Os truques do belga já são bem conhecidos para quem o acompanha e já desde os tempos do Lille que se afigurava um grande futuro para o extremo de 26 anos. A forma como conduz o esférico colado à bota, como galga metros em progressão e ultrapassa adversários para chegar a zonas de finalização ou assistir os companheiros são traços que definem o internacional belga, que este ano atingiu a marca dos 16 golos, o seu melhor registo desde que aterrou em Inglaterra, em 2012.


ED: Sadio Mané (Liverpool) – o senegalês chegou proveniente do Southampton e justificou os cerca de 40 milhões de euros pagos pela equipa orientada por Jürgen Klopp. Com uma velocidade tremenda e uma qualidade técnica apurada, o facto é que os reds caíram de rendimento com a ausência do extremo, quer por lesão, quer pela sua participação na CAN (Taça das Nações Africanas), em janeiro. Com 13 golos e 6 assistências, o jogador de 25 anos foi peça-chave para o Liverpool alcançar o quarto lugar.


PL: Alexis Sanchéz (Arsenal) – o chileno jogou numa posição mais adiantada na equipa de Arsène Wenger esta época e foi a principal figura dos gunners. Com Mesut Özil em sub-rendimento e Santi Cazorla lesionado durante quase toda a temporada, o jogador de 28 anos assumiu um papel preponderante e registou 24 golos e 11 assistências, tendo sido o terceiro melhor marcador da liga. Ao que tudo indica, o chileno não irá permanecer no Emirates Stadium, restando saber qual será o próximo destino do extremo. O certo é que não faltarão clubes interessados na aquisição de Alexis.


PL: Harry Kane (Tottenham) – apesar da excelente temporada do belga Romelu Lukaku, ao serviço do Everton (25 golos), o destaque tem que ir, naturalmente, para o ponta-de-lança dos spurs. Tendo terminado como o melhor marcador do campeonato com 29 golos (aos quais juntou 7 assistências), o internacional inglês foi uma das principais figuras do Tottenham. Apesar do seu tamanho, Kane até é ágil, forte fisicamente e possui um sentido de finalização e oportunidade acima da média, sendo que, com apenas 23 anos, é já considerado um dos melhores avançados da europa.



Edição: Catarina Custódio

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