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Crónicas de Portugal Contemporâneo #4

  • Pedro Taborda
  • 5 de jun. de 2017
  • 3 min de leitura

Andei uns dias a analisar e a pensar sobre o tema. Falar de amor é sempre complicado, visto que é um sentimento único em cada um, a mesma classificação de amor é sentida de maneira diferente entre as pessoas. Cada um “ama o outro” de maneira diferente.

E ao mesmo tempo que é complicado, é cliché.

Mas tudo bem, nunca é demais falar de amor, principalmente o amor romântico.

As pessoas tentam sempre entender o que é esse sentimento e procuram respostas para as suas dúvidas, a fim de minimizar ou anular o “sofrimento”. É lógico que todas as relações têm os seus conflitos e o nosso papel é conseguir conviver com isso de maneira saudável. Como? Elaborando. Elaborar uma relação com tempo e paciência, faz com que nos afastemos disso cada vez mais.

E o amor? Talvez por se tentar analisar constantemente todas as sensações físicas e mentais que o amor causa, muitas pessoas digam que o romantismo se perdeu.

Bom, cada um com seus pensamentos.

A grande distinção do século de Shakespeare e o século atual é que, hoje, outras formas de amar são “mais aceites”.

E por aí vai…

Quero dizer, o ser humano pode basicamente tudo: acreditar em amor, não acreditar em amor, casar sem amar, casar amando, não se casar e amar mesmo assim, ou amar-se a si mesmo e ser autossuficiente… todas as pessoas podem encontrar a situação de vida que lhes traz mais felicidade.

Nós distinguimos e classificamos vários tipos de amor, por exemplo: amor familiar, comprometido, amizade colorida, etc. Mas mesmo classificando tantos tipos de amor, encontrando uma ou várias almas gêmeas, sendo românticos sonhadores ou realistas e de pés no chão, o amor ainda é uma incógnita. Muita gente pensa que é um tema batido e que o amor foi banalizado.

É… como disse, clichê? É. Foi banalizado? De certa forma foi. Mas amor é um tema universal e constantemente julgado, principalmente porque se criou um modelo padrão de como amar alguém. E aí transformou-se num assunto difícil de concluir.

O modelo padrão de amor há alguns anos atrás seria algo como “casar e ter filhos”. Para as mulheres, só se entregarem àqueles que citam poemas lindos e épicos. Para os homens, só dedicarem poemas lindos e épicos para mulheres dóceis e frágeis…

Ao longo do tempo as diversas culturas e a própria sociedade mostram-nos que homens e mulheres são diferentes, têm personalidades diferentes, e não estão errados no que toca a serem como cada um se sente melhor.

Amor... Antes o amor era uma prisão e agora descobriu-se que o amor pode libertar. Cada um tem liberdade para escolher a maneira ideal para amar. E hoje em dia, com tantas possibilidades, podemos encontrar o amor em qualquer lugar do mundo! Ter um amor de verão inesquecível, uma amizade colorida incrível, mil amores deixados para trás e muitas histórias para contar. Até encontrar aquela com quem quer ficar. Ou ainda olhar para o espelho e dizer: é comigo que eu quero ficar.

O amor nos dias de hoje é livre! Amar é sofrer e lidar com sofrimentos. Amar é sentir o perfume de alguém especial e nunca mais se esquecer do cheiro. Amar é não sentir vergonha ou não deixar o medo te “travar” e simplesmente experimentar. Amar é permitir-se.

Fotografia: Carlos Ratinho

Edição: Pedro Espadinha

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