Nem Coluna, nem Eusébio...
- Pedro Espadinha
- 17 de mai. de 2017
- 2 min de leitura

A 13 de Maio de 2017 fez-se história. Um feito que a equipa de Guilherme Espirito Santo e Rogério “Pipi” não concretizou em 1938/39. Um sonho que Mário Coluna, António Simões e Eusébio não conseguiram alcançar, nem em 1965/66, nem 1969/70, ou que Shéu, Nené e Humberto Coelho deixaram escapar, tanto em 1973/74 como em 1977/78. Nenhum outro clube teve tantas oportunidades, para conquistar quatro campeonatos consecutivos, na história do futebol português. Foram precisos 39 longos anos para que tal se pudesse repetir.
E, desta vez, a história tomou um rumo diferente.

O Sport Lisboa e Benfica conquistou o primeiro tetracampeonato em 113 anos de existência, o 36º titulo no seu palmarés, e consolidou ainda mais a sua hegemonia no panorama nacional. Não foi uma campanha brilhante dos encarnados, longe disso, mas a verdade é que, num cômputo geral, nenhuma equipa o foi. O clube da luz simplesmente foi mais consistente que os rivais e conseguiu manter-se durante mais tempo no topo da tabela. Tendo assumido a liderança à quinta jornada, os encarnados não vacilaram nos momentos decisivos e aproveitaram os deslizes do FC Porto em momentos cruciais da temporada (dez empates, três deles em casa, representaram demasiados pontos perdidos para um clube com aspirações ao titulo) e de uma época penosa do Sporting CP, que a uma jornada do fim contabilizava 35 golos sofridos, mais onze do que o número combinado de tentos concedidos por Benfica e Porto. Na segunda época de Jorge Jesus como técnico leonino, o clube de alvalade falhou os seus objetivos e ficou arredado da corrida na reta final da época.
Ao titulo já conquistado, os encarnados poderão ainda juntar a Taça de Portugal, a ser disputada no dia 28 de maio frente ao Vitória de Guimarães, precisamente a equipa que defrontaram na penúltima jornada do campeonato e que venceram por um resultado expressivo (5-0), vitória essa que permitiu celebrar a conquista do campeonato. Um campeonato que ficará gravado para a posterioridade.
Um feito que não foi alcançado por nomes como Coluna, Nené, Shéu, Humberto Coelho, Simões ou Eusébio. Mas sim por Ederson, Luisão, Fejsa, Salvio, Pizzi e por Jonas. E por todos os outros que imprimiram o seu nome e deixaram a sua marca na inédita conquista.
Edição: Catarina Custódio
Fotografia; 1)Visão/ Reuters 2) Lusa/António Cotrim
Commentaires